Sobre um dia de cansaços despenca o tempo
O mesmo tédio das horas mortas de amor...
Pronto silenciar das vozes de carícias no vento
Ausência do beijo, do toque_ Triste rancor!

Quando a solidão é imensa, corrói a vivência
E o verso antes doce, hoje é amargura em dor
No rosto a fadiga é clara e morta de resiliência
Arrasta-se os pés na poeira, imersa em torpor.

Já não se encanta com os risos claros da criança
Nem mesmo o mar azul acalma a melancolia
Oxalá ressuscitasse na alma a esperança!

Nada há que se esperar da noite que principia
Exila-se do mundo sem ouvir a nota da canção
Morto é o sonho. De quimeras vive a poesia.
 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 24/09/2018
Código do texto: T6458371
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.