Quantas vezes não te amei na noite escura?
Quando de companhia só a coruja piava lá fora
Amei-te no segredo da palavra livre e pura
Nos versos leves, alforriados da metáfora!

Amei-te como o pescador ama o mar que cultua
Por tirar dele seu viver e seu sustento
A razão de toda a poesia foi a saudade tua
Que machucava o peito, sem afago ou alento.

E mesmo assim vou ama-lo sob o brilho da lua
E também quando o sol nascer por trás do monte
Mesmo que não saibas que fiz de minhálma, tua...

E não faço do amor que sinto caos ou dilema...
És o florir da primavera ainda vindoura_ Esperança
Do beijo, da carícia, da sublimidade do poema.
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 22/09/2018
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