Uma palavra ,uma menção de amor
Em tudo há uma hora melancólica,seca,difícil ao verso;
As palavras nos são caçadas,fogem ao coração;
Se a alma estiver fria ,desnuda o cio e o maltrato;,
Resguardo então o amor pra bem mais tarde!
Uma palavra e um beijo mais quente,um abraço repetido,
e chove na poesia,como no peitos aparatos de amor e cotidiano;
E de um mundo inteiro a se compor mulher,bebemos fel,e absinto...
No peito,o melhor soneto do dia vazio,porém completo!
Eis toda a vida e a melancolia do verso já predito,o sarau de Olimpo;
Mas de imaginária criação,a solércia de vinhos e de cartas,e mais vinho,
Meu anseio de fugir desse soneto, imenso na alma, mas aguado...
Agora ,pela vida pretendida esgarça,peço a poetas maiores que entendam
em secreto semblente, a melancolia do abraço, da mão repartida e do feto;
É tempo de tempos vários, a ternura,o ofício,e sempre o mesmo aceno !
(Dedico esse soneto a um grande poeta Elígio Moura,poeta maior)