A DONA DA POESIA

És a moça adorada que caminha por minh'alma

Rasga-me o peito em dores de amor profundo

Na vastidão dos desertos me desfaço de tudo

Quando nego à mim mesmo e nada me acalma.

Grito por tua presença pelo breu da noite imensa

E tudo que ouço são teus passos à se afastar...

Peno o desespero por amar-te só por amar

Numa loucura que tudo rouba e nada compensa.

Quem me dera chegasses na calada da noite

E me acariciasse o peito dolorido de paixão

Numa ternura que me sarasse o coração.

Mas não vens_ Só partes de mim eternamente

Como um pôr do sol que se despede do dia

Tão adorada és tu, senhora da poesia.

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 08/09/2018
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