OLHOS ENCANTADOS
Tu não sabes, mulher, quanto te amo
Este amor que é sublime, mas ardente
E nas noites sozinho eu declamo
Os teus olhos num canto recorrente
Quantas vezes ao parnaso eu reclamo
E desfilo um verso tão dolente
Esquecer-te às vezes até proclamo
Extinguir este amor vivo e crescente
Mas teus olhos estão tão incrustados
No diamante da minha consciência
E os conceitos d’amores tão alados
Que não vale a minha experiência
E sôfregos meus olhos encantados
Vão buscar-te, amor, com tanta urgência