NOVAMENTE ABRIL

Ao som das gazuas, abrindo portas,

Deu-se a sublevação de um povo…

Jamais as palavras seriam mortas,

Quando se construiu um Abril novo.

De cravos vermelhos se vestiram,

Militares e povo, em grado uníssono.

E nas rádios a senha então ouviram,

Proporcionando um novo assomo,

Aos que saíram à rua festejando,

A libertação do jugo, impiedoso e vil,

De muitos e muitos anos levando.

Mas, ah, como eu fui feliz, nesse dia,

Em que, saindo do meu jocoso redil,

Pude ver o quanto a muitos se devia.

Jorge Humberto

05/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/09/2007
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