Folhas secas
Recebi carta tua que pretendes me ver,mas apenas por visita
já digo de antemão,vi sonhos passarem,e o que de ti gastei de amor!
Malfadada lida,do que fomos do grito, e das caromidas navalhas;
não acertarei retorno,evite neblina,tem rio perto,inverno chegou !
Que entristeci de ti ,perfídia de sumir a contento,desatinei e chorei,
passei mal da alma e enfermo do coração fiquei; Não te servirei absinto,
nem licor de jenipapo,são pra amigos e poetas,meu coração a tempo
encimesmado, na mesma proporção devida,mesma ferida e dor oculta!
Dizes a que veio,parei de ser poeta,e que me ascende de cio,o verso;
O mesmo movimento das folhas,nunca mais teci poemas pra ti;
Secas palavras ,o cheiro,não mais senti,agora só trechos de carpir;
Não me peças pra inquirir,só chá de camomila,pra parares de chorar,
também de aviso,arranquei todas as flores tuas,e ervas já a nascer;
Soltei pássaro de gaiola,e só percebi que era a mim,que estava a soltar!