Chá amargo
Já era tempo de ceder; Vi de perto todo o abismo,
varais etílicos e canções nuas desconcertaram meus vitrais;
Casa perdida,escadas roídas,não mais poeta,assombro o verso!
Meus baús de sonetos empoeirados,sangue brota dentro !
Levarei-o e alguns poemas deixados na escrivaninha por relapso do tempo;
Agora sou toda abismo,nada tratei com a vida,morro sempre,
minuto a minuto,entre outras coisas,sentidos a me levar pela mão!
Perdi chaves da casa,vidros em estilhaço,na porta de frente,
denunciam meu descuidado de torpor, e desalinho,esboços de vida;
Pra quem me alimentava só a pão de ceiteio,e algum ramo de jasmim,
meus olhos temeram o que vi,mas em mim câncer da vida,!!
Etilismo me prendeu,roubou,partiu,e jogou-me no extremo exílio;
Parto por fêmea,constância das minhas iguarias sempre ofertadas;
Partiu-se a vida,tempo de ceder maestria,deixar rio,e aprender a domá-lo!!!