Pro meu sertão
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O vento soprava bem de mansinho
Aliviando todo o calor da estação
Pra espantar o cansaço, a distração
Sem sombra de chuva pelo caminho.
A terra estava seca, um poeirão
Se não nascia nem erva daninha
Muita tristeza o sertanejo tinha
Nas campinas sequer uma plantação.
Somente um milagre podia trazer
O verde novamente pro meu sertão
Para a vida voltar a resplandecer.
Brotando da terra a alimentação
Pingos de chuva levando a secura
Na FÉ que nos move em oração.
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Um belo protesto, traduzido em versos, pelo Mestre Jacó Filho.
A SECA NO SERTÃO
A seca foi traduzida em voto certo,
Suas misérias, na porta que facilita...
Coração de governante não palpita,
Na dor da fome se não ver de perto...
O São Francisco, sofrerá um desvio,
Depois dos recursos, pra tal destino...
O sertanejo chora vendo assassinos,
Afirmarem na TV que findará o estio...
Enrolam com esmola há tantos anos,
Que já não sabemos distinguir o erro...
Morre gado, gente, e não há enterro...
Ossada exposta, somam desenganos,
A quem já sofre os castigos do relevo...
Perdendo a fé em Deus e no governo...
** Infelizmente a mais pura verdade.
:(