Pro meu sertão

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O vento soprava bem de mansinho

Aliviando todo o calor da estação

Pra espantar o cansaço, a distração

Sem sombra de chuva pelo caminho.

A terra estava seca, um poeirão

Se não nascia nem erva daninha

Muita tristeza o sertanejo tinha

Nas campinas sequer uma plantação.

Somente um milagre podia trazer

O verde novamente pro meu sertão

Para a vida voltar a resplandecer.

Brotando da terra a alimentação

Pingos de chuva levando a secura

Na FÉ que nos move em oração.

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Um belo protesto, traduzido em versos, pelo Mestre Jacó Filho.

A SECA NO SERTÃO

A seca foi traduzida em voto certo,

Suas misérias, na porta que facilita...

Coração de governante não palpita,

Na dor da fome se não ver de perto...

O São Francisco, sofrerá um desvio,

Depois dos recursos, pra tal destino...

O sertanejo chora vendo assassinos,

Afirmarem na TV que findará o estio...

Enrolam com esmola há tantos anos,

Que já não sabemos distinguir o erro...

Morre gado, gente, e não há enterro...

Ossada exposta, somam desenganos,

A quem já sofre os castigos do relevo...

Perdendo a fé em Deus e no governo...

** Infelizmente a mais pura verdade.

:(

Sandra Rosa
Enviado por Sandra Rosa em 16/07/2018
Reeditado em 19/07/2018
Código do texto: T6391791
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