*************************************************Gosto muito de ler, ouvir música, cinema, teatro e chocolate!
Não passo um dia sem ler...
Música, meu maior prazer...
Cinema e teatro, sempre que posso...
Chocolate, um vício insaciável...
E de quando em vez escrevo....
Sempre gostei muito de poesia, não é a toa que cursei Letras na faculdade e nesta época foi que a poesia ficou ainda mais presente e viva em minha vida.
Quando eu conheci este espaço "Recanto das Letras".....
Ahhhh! Aí então eu me encontrei entre prosas e versos... rsrsrs
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Um poeta que marcou toda a minha adolescência e tem
uma verve mais lúgubre e cheia de conhecimento de mundo.
Augusto dos Anjos
Ao Luar
Quando, à noite, o Infinito se levanta
A luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha táctil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!
Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!
Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado,
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado…
Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!
Solitário
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta…
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
-Velho caixão a carregar destroços-
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Augusto dos Anjos
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Este é outro poeta, com outra verve,
que marcou minha adolescência romântica e
carrego comigo seus versos para além do infinito.
Sinta o poema na música do saudoso
Vinícius de Moraes
(trecho)
" A felicidade "
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
" Soneto de Fidelidade"
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
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Eu...
Sou rosa
perfumada e delicada
mas, também tenho espinhos...
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