Ciúme


Era uma vez um riacho paranoico
como quê! Que dançava rock’n’roll
só pra molhar você; tinha um sonho ecoico:
ser escutado bem longe, onde o sol

se põe ou nasce. Regando folha de alface
numa horta orgânica, agora em bossa
nova, antes de cair no samba ou lavar face
duma morena linda, coisa nossa,

coisa nossa uma ova! Coisa que é minha,
minha somente minha dançando o tango
e se alguém a olhar ligo e logo me zango;

riacho que um dia a viu sozinha
lhe ofereceu um hambúrguer e ela aceitou o rango,
e se alguém a olhar ligo e logo me zango.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 03/06/2018
Código do texto: T6354030
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