SOCIEDADE OMISSA

Vivemos tempos difíceis… assimétricos.

Do nosso vizinho não lhe conhecemos

A dor nem a cor, seu mundo simétrico.

Somos fantoches… e se o concebemos,

Passamos por ele, como num estorvo…

E nossas vidas, mais que mesquinhas,

Assemelham-se a um delinquente corvo,

Juntando peça a peça, suas pedrinhas.

Que é feito da camaradagem salubre?…

Das conversas intermináveis à janela?…

Porque tudo tem de ser tão insalubre?…

Somos sozinhos, neste mundo revolto…

Passa a vida… e nós com ela…

Quem diz basta?… quando é que volto?

Jorge Humberto

01/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/09/2007
Código do texto: T635183