MOMENTOS
Há o instante em que o Tempo se cansa, se farta
do compasso, dos passos, das horas marcadas,
da inclemência da curva dobrando as estradas...
Pois quem fica não benze quem dele se aparta.
Há um momento em que o Tempo seus medos descarta
e desfaz os caminhos das naus soçobradas.
E quem planta, semeia no chão das estradas...
E o amor determina a quem colhe: comparta!
Há um tempo em que o Tempo envelhece e acomoda
as lembranças da vida em cantigas de roda...
Mas com cantos do Tempo, não há quem se importe.
Não há quem saiba ouvir os segredos do vento...
Ou entenda a nudez que há no outono em lamento...
Nem perceba que a vida é um dos tempos da morte!
Aos amigos que me visitam, peço desculpas por não interagir.
Ando num tempo complicado, saúde, uma "deprê de doido"...
Sou agradecida por cada visita, pelo carinho de cada comentário.
Recebam meu respeito e meu melhor afeto.
Deus os abençoe.