As tuas janelas
Cavo a poesia,neons de ruas,teu beijo ao léo,
E não reparto,perto do ontem,esse desassossego vil;
E de onde repouso sorte,repouso corpo meu ,nu,
Sem turvos versos e torpor e carne se dando semi-nua !!
Cavo o orgasmo ,sempre luz e vela; E strelas as pego nas mãos,
vadiando por tê-la,meretriz,donzela,morena de chita, todas suas ,
E das nuances e dos desapegos do coração e seus baús,
me perco trigueiro,aprendiz da lua ,tao menino,só por ti um dia!!
Cavo sonhos e versos que tento ,pena e nanquim,e já vem ela
me fazer prestar homenagem ,poetas que são pra ouros e jardins,
mas nem ela se faz,que rio,foz de proa,pra mim!
Cavo a poesia, vazias balsas, hoje desccem rio,talharim,
quer -me de alecrim ,madresilvas a sonhar sonho só pra mim,
Cai a indomável certeza que todos os rios virão pra mim !!