SONETO
Ninguém segue os seus passos como eu sigo
Ninguém anda com Deus mais do que eu ando
Não bendigo a ninguém e nem maldigo
Tudo é morte num peito miserando.
Vejo o Sol, vejo a luz e todo o bando.
E da misteriosa Mão de Deus, o trigo.
Que ele plantou aos poucos vai colhendo
Das estrelas no olímpico jazigo.
E vão-se horas em completa calma
Um dia (já vem longe ou já vem perto?)
Tudo o que sofro e sofri se acalma.
Ah! Se chegasse em breve o dia incerto!
Far-se-á luz dentro de mim, pois a minha alma
Será trigo de Deus em céu aberto.
Pt. Águia de Prata
Em 21/05/2018.