MUSA

Que o rocio da madrugada lave o teu rosto,

Trazendo-lhe a paz necessária e dilecta.

Que sintas meu amor como da uva o mosto,

Cercando-te de carícias, da fruta predilecta.

E que o rio altaneiro (ligeiro) beije tua fronte,

Tendo o céu por testemunha e o azul por juiz.

Jamais esqueças que te amo e que defronte

De ti corram soltas, mil águas de um chafariz.

Porás o teu vestido de organdi, flor no cabelo;

E à cintura, cinta de cetim, cingindo teu ser

Perfumado, nas alamedas do meu viril anelo.

Rosas e sândalos, perfazem o teu caminho,

Onde te espero a cada novíssimo amanhecer,

Para caminhar contigo o meu eterno carinho.

Jorge Humberto

31/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/09/2007
Código do texto: T633798