O amor se faz com o mel de quaisquer coisas

Digo que quando a nêspera beijou o figo
o mel de figo nêspera escorreu do céu
e o centro do universo senti aqui dentro
como figo escolhi aqui não, num abrigo.

Foi melhor, hoje vejo o figo que já foi senhor
ter me tratado nêspera sem prometer
nada que o meu umbigo testemunhe errada
ou inconsequentemente na noite com sol,

que nêspera estive sem ter nunc a espera
do fígado do figo um baço igual a um bagaço
entre o dente de alho e o de figo em pente

com que aos cabelos ouvem alto arrepião
sem que desfaça o mel da bagunça de ontem
já esquecido no comer o figo agora.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 28/04/2018
Código do texto: T6321680
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