O avesso do avesso
A água molha, o fogo queima, o amor enciúma,
a flor enfeita o mundo, a beleza envaidece
e a soberba nunca nenhum lugar perfuma,
o mar traz o pescado celebrado em prece
mas leva o pescador quando se encontra em fúria,
a terra quando treme destrói como a guerra,
mas natureza nunca a esperança enterra,
quem enterra a esperança é o homem na sua incúria,
se a beleza do mundo não fosse destruída
talvez a poesia fosse inexistente,
perdendo a função de salvar o universo
que até transcende o mundo porque é sempre vida,
enquanto quem destrói é o excesso de gente
que ao invés de construir sempre faz o inverso.
A água molha, o fogo queima, o amor enciúma,
a flor enfeita o mundo, a beleza envaidece
e a soberba nunca nenhum lugar perfuma,
o mar traz o pescado celebrado em prece
mas leva o pescador quando se encontra em fúria,
a terra quando treme destrói como a guerra,
mas natureza nunca a esperança enterra,
quem enterra a esperança é o homem na sua incúria,
se a beleza do mundo não fosse destruída
talvez a poesia fosse inexistente,
perdendo a função de salvar o universo
que até transcende o mundo porque é sempre vida,
enquanto quem destrói é o excesso de gente
que ao invés de construir sempre faz o inverso.