A FALTA QUE A FALTA FAZ
Religiosamente admiravamos a paisagem
Todos dias a mesma hora, no lugar preferido
As cadeiras hoje são pr'a mim, só miragem
Não vejo naquilo mais nenhum sentido
Meu velho amigo, doce marido, parceiro
Forte, lindo, dono de um coração tão bondoso
A quem me entreguei um dia, por inteiro
Uma doença cruel o levou, mal fatal, tinhoso
O ano passou, o nosso lugar ainda me espera
Já não consigo ver a beleza diante do meus olhos
Em meu peito reina a dor, que há muito se empodera
As cadeiras solitárias testemunhas são
Da minha falta de vontade de viver
O Universo e tudo à volta é um só borrão
Religiosamente admiravamos a paisagem
Todos dias a mesma hora, no lugar preferido
As cadeiras hoje são pr'a mim, só miragem
Não vejo naquilo mais nenhum sentido
Meu velho amigo, doce marido, parceiro
Forte, lindo, dono de um coração tão bondoso
A quem me entreguei um dia, por inteiro
Uma doença cruel o levou, mal fatal, tinhoso
O ano passou, o nosso lugar ainda me espera
Já não consigo ver a beleza diante do meus olhos
Em meu peito reina a dor, que há muito se empodera
As cadeiras solitárias testemunhas são
Da minha falta de vontade de viver
O Universo e tudo à volta é um só borrão