Amor que mata
Amo você ,mesmo em abraços tardios,
ora calores,ora versos,turvos ,rotos ou de chamas;
Amo mesmo que do amor transborde palavras inefáveis,nuas,
outras comedidas,outras já tão intencionadas pra paixão!
Amo esse silêncio teu,reflexivo,longíquo
remando só em seu próprio rio , sua nascente,foz;
O amor que traz,ora circula,ora é vil,ora impávido,
no meu corpo que te pede,ânsia,calor êxtase!
Amo aquela frase sem comando,pra amar,
o desuso de seus baús no limbo,suas canções frias:
Amo que tens a mim, muito de universo e chão:
Amo você,mesmo que o amor,não console,mas transborda
na poesia e no cotidiano vil,com lagares e sóis:
Amo por cuidados,com essa solidão de remar,já tão minha!!