Chão, mas só de terra.

Navio que indispõe convés ao fim da tarde
ao jogo violento em que o mar ameaça
na noite em que o sonho pede ao que arde
a paz de uma noite ainda que à sós na praça

deitado sob jornal em um banco de ferro,
misteriosamente bom no que ofereça
acolhimento ao homem com todo o seu erro
em sentir-se mal quando uma simples peça

de jogo, seriamente, seria a sua cabeça
que o faz agora ter a dor do desamparo
de vagabundear em mágoas e sonhar

mesquinha pequenez sob estória que esqueça
que o fim antes do fim conquista quem é raro
e rarefeito em dor pobre se imaginar.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 20/03/2018
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