SONETO DE AMOR COMO QUE DE REVERSO
SONETO DE AMOR COMO QUE DE REVERSO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
O quanto por instantes longe de ti distante estiver,
Por longas cidades perdidas, ambulante passarei,
Até por tanto: triste ou desiludido; vagarei,
Enquanto tu que podes ser minha, vir para o que a quiser.
Para um romântico caso, a que possa contigo convier,
Na dor que vago, em ti, serei um caloroso rei,
Se não vieres, não saberei nunca se existirei,
Aventureiro aludido até no tudo por quanto a ti tiver.
Que entre muitas virão novos e laboriosos dias,
Pra qualquer tantos momentos a nem mesmo outras alegrias,
Obstante fará, na operante reflexão a que a mim tendes a perecer.
Sentirei póstumo numa alusão de alguma suposta elegia,
Profundo numa ilusão que me traz a fustigante melancolia,
Que nem mesmo a concretizou, subitamente, já tenho que esquecer.