SONETO DE AMOR COMO QUE DE REVERSO

SONETO DE AMOR COMO QUE DE REVERSO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O quanto por instantes longe de ti distante estiver,

Por longas cidades perdidas, ambulante passarei,

Até por tanto: triste ou desiludido; vagarei,

Enquanto tu que podes ser minha, vir para o que a quiser.

Para um romântico caso, a que possa contigo convier,

Na dor que vago, em ti, serei um caloroso rei,

Se não vieres, não saberei nunca se existirei,

Aventureiro aludido até no tudo por quanto a ti tiver.

Que entre muitas virão novos e laboriosos dias,

Pra qualquer tantos momentos a nem mesmo outras alegrias,

Obstante fará, na operante reflexão a que a mim tendes a perecer.

Sentirei póstumo numa alusão de alguma suposta elegia,

Profundo numa ilusão que me traz a fustigante melancolia,

Que nem mesmo a concretizou, subitamente, já tenho que esquecer.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/03/2018
Reeditado em 14/03/2018
Código do texto: T6278259
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