Em alguns anos uma pétala entre páginas de livro
Rasgar o ar com páginas viradas, lidas
por desatenciosa mente incorruptível,
como se o amor corroído sem abrir mais feridas
torna-se a bondade aos olhos d’outros crível,
sem mais compreensão da dor e da tragédia;
é como abrir à música uma outra partitura,
onde só há o som de tudo que assedia
como se não bastasse a realidade dura;
sem se pensar em fuga, sem se repensar
nada! Que não consiga ser resignada
bondade de não ser ruim c’ o que é bosta,
autoconvencimento da mais falsa aposta,
de ser mais que a própria flor consignada
de pétala futura em um livro prensada.
Rasgar o ar com páginas viradas, lidas
por desatenciosa mente incorruptível,
como se o amor corroído sem abrir mais feridas
torna-se a bondade aos olhos d’outros crível,
sem mais compreensão da dor e da tragédia;
é como abrir à música uma outra partitura,
onde só há o som de tudo que assedia
como se não bastasse a realidade dura;
sem se pensar em fuga, sem se repensar
nada! Que não consiga ser resignada
bondade de não ser ruim c’ o que é bosta,
autoconvencimento da mais falsa aposta,
de ser mais que a própria flor consignada
de pétala futura em um livro prensada.