Soneto da filosofia hidropônica-etílica fundada por Stanislaw Balner, que nunca perdeu a crença de que cachaça é água.
Dentro do vale côncavo da metafísica
onde o transpirar do pensar vem da axila,
olhares se deslumbram, vão fazendo fila,
desde que a axila não seja a raquítica
tradução patológica da anorexia,
magérrima e cheia de macega ou fina
vegetação de clima seco onde não chovia
nem o desodorante de uma mistura fina
sobre o aspecto da pele igual ao cacto
amarelo, em triste pestilência ardida.
Enquanto a axila sã nos traz pela osmose
a diferença entre sábio e mentecapto,
dessa filosofia hidropônica-etílica
em que nunca o pensar atrapalha quem goze.
Dentro do vale côncavo da metafísica
onde o transpirar do pensar vem da axila,
olhares se deslumbram, vão fazendo fila,
desde que a axila não seja a raquítica
tradução patológica da anorexia,
magérrima e cheia de macega ou fina
vegetação de clima seco onde não chovia
nem o desodorante de uma mistura fina
sobre o aspecto da pele igual ao cacto
amarelo, em triste pestilência ardida.
Enquanto a axila sã nos traz pela osmose
a diferença entre sábio e mentecapto,
dessa filosofia hidropônica-etílica
em que nunca o pensar atrapalha quem goze.