Tudo chega o tempo todo... Veemente!
Nas folhas outonais que bailam ao vento.
Borboletas, amigos, amores. Serpentes
Blindar-se? Da vida. Do mau. Do tempo?!
Rios vão em direção à imensidão do mar
Andorinhas revoam em céus nebulosos
Segue o moinho de tudo, sob o oculto luar
Brilha a Flor, incansável. Grasna o corvo...
Utopias falecem. Persiste eterna a poesia
Pois que o verso é a causa do rosto risonho
Do resto, o efêmero saborear da ambrosia...
Mas tudo vem. O tempo todo. Hoje e além!
Breves somos. Frágeis rendas dos sonho
Mas o outono passará. Primaveras também.