Ando-me assim, queixoso, tão triste
D'amor, esse que partiste, só, e agora?
Quão cedo m'alma aqui grita, e chora
E peço, ó dor! Vai-te embora, resiste!
Aqui jaz amor dos meus doces sentidos
Nas quimeras perdidas do pensamento...
Confinado, nas sendas íntimas do tempo
Lembranças dos zelos, por mim revividos.
E o mar, que ontem lambia teus paços?
Sepulta-te, agora, no íntimo do abismo
Sob as águas vivas da minha saudade.
Quão cedo se desfez o amor dos laços
Confesso aqui da dor, não é cinismo
Sepulto o amor por toda a eternidade!
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