Triste meu fim que não posso amar-te
Com a fluidez que aos queridos reserva
Antes, o amo com furtivo disparate
Amásia que sou, escondo-me nas trevas.
Como se crime fosse sentir por ti o amor
Com imenso ardor com que o venero
És para mim amigo, amante e Senhor
Ama-lo alforriada à luz do dia, espero.
Enlaçar tuas mãos numa tarde de verão
Quando os transeuntes vagarem pelas ruas
Sem ocultar do mundo nossa louca paixão.
Pois deveras que amar jamais será degredo.
Amo-te com a liberdade de minálma nua!
Ainda que não possa mostrar nosso segredo.
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