É nas madrugadas frias, ermas e caladas
Quando a solidão na alma dói_ Impera.
Que o poeta introspectivo, translada
Em ilusórias palavras e vãs quimeras!
Um cão ladra, uma coruja pia sombria..
Boêmios barulhentos na noite... Há risos
Embriagados, esquecem-se da dor do dia
Vazios de amor; vagam sem rumo ou juízo
E os versos se inquietam, tais filhos loucos
Buscam a alforria posta na folha branca
Querem céus elevados. Existir, só, é pouco!
E o poeta,servo dos encantos,geme e chora...
Busca plenitude. Mãos inquietas rabiscam
Ele virá!_ O poema, nas asas claras da aurora!
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