Riacho, largo, profundo

Que amor é esse? Perene, restrito...

Corrosivo, frio aço, de embaço, cicuta

Homeopáticas farpas, espinho efusivo

Tanto quanto chacoalha, nada escuta

Abstratos de verde, de água na curva

Vem varrendo a espera, amor esquecido

Guardado as margens de meia lua turva

Extratos de cinza, pedra nua, vapor erguido

Riacho de janeiro, de coração acometido

És leite de mãe, fome de filho, doce fruta

Na palma das serras, em abraços acolhido

Acaricia meus pés, teu gargalho, altruísmo

Que amor é esse? cativeiro que a alma desfruta

Mergulhar em teu seio é divino, é batismo

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 06/01/2018
Reeditado em 31/12/2018
Código do texto: T6218715
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