Desejo-te com ardor no esclarecer do dia.
E sempre que na noite se ostenta a lua
Quero-te ainda no versejar da poesia
Minha alma se revelar à ti; clara e nua.
Anseio resvalar meus dedos na tua face
Quando em volúpia se doar sem pudor
Que meu querer o teu ansiar ultrapasse
a lascívia...Translade em afeto e amor.
Então trazer-te-ei à minha eternidade
Nas planícies onde sonho e descanso
Em todo o meu íntimo em afabilidade.
E também me desejarás no raiar da alvorada
Quando as estrelas velar o olhar do poeta
Farás de mim a mulher querida e amada!
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