Não sei
Não sei s'inda mais mereço nada mais e só padeço
E às vezes de mim esqueço por amar errado assim
A alguém que nem merece, e nem quer gostar de mim
Às vezes sei que existo más é um eu que não conheço
Sei que não tenho o direito, de me denegrir assim
Doando-me por inteiro fazendo do amor pretexto
Paixão fora do limite pra amar fora do contexto
Quando é que o coração, porá nesta angustia um fim?
Quando saberei o tempo, de conter esta paixão?
De dizer ao coração, que aprenda a se comportar
Sair deste cativeiro, me libertar, me entender.
Quando é que contemplarei, sonhada libertação
E alguém que eu mereço possa a mim se apresentar
Serei um sobrevivente, Sem me humilhar ou me ater.
(Idal Coutinho)