Como poderia cantar versos isentos de breu
Se a aparência  da felicidade nua nunca vi...?
Sou filha única da dor que a vida me ofereceu
E os risos brancos,límpidos? Estes nunca pari.

Os  meus dias são feitos de tédio e de melancolia
Num remoer longo de um desamor sem pausa
Como então florir de azul celeste minha poesia
Se sou triste, meu querido, é por tua causa!

Nunca me ofereceste o beijo certo de amor
Quando amorosa busquei teus fáceis carinhos
Foste a razão das minhas solidões e dor!

Portanto passo meus dias de ais à lamentar.
Sou o pardal perdido, longe do salvo ninho
Não posso versejar margaridas e panapanás!
 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 31/12/2017
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