Como poderia cantar versos isentos de breu
Se a aparência da felicidade nua nunca vi...?
Sou filha única da dor que a vida me ofereceu
E os risos brancos,límpidos? Estes nunca pari.
Os meus dias são feitos de tédio e de melancolia
Num remoer longo de um desamor sem pausa
Como então florir de azul celeste minha poesia
Se sou triste, meu querido, é por tua causa!
Nunca me ofereceste o beijo certo de amor
Quando amorosa busquei teus fáceis carinhos
Foste a razão das minhas solidões e dor!
Portanto passo meus dias de ais à lamentar.
Sou o pardal perdido, longe do salvo ninho
Não posso versejar margaridas e panapanás!