A madrugada cai sobre minhas palavras
O relógio se cala. Porque então falaria?
Não sou serva do tempo. O que me guia...
é o poema. O verso que minh'alma lavra.
As letras desfilam, libertas no papel
Dou-lhes asas. Amores dos poetas...
Pássaros azuis que enfeitam o céu
É o sonho que à alma da moça empresta.
Assim a alvorada desmonta nos madrigais
Um suspiro de donzela. Terno e profundo
...Ouve-se, por entre o cantar dos pardais
Nem mesmo ela sabe a razão da alegria
Sei eu, exaurida aqui, nesta manhãzinha
Abençoada sina: Fazer sonhar a poesia.
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