Depois do gozo, quando a corpo aquiece a febre
E os corpos quedam em repouso complacente
Há no ar o odor morno da dança cadente e leve
E da paixão saciada, fica o frescor, calmo e dolente.

Palavras e juras já não se fazem nescessárias e justas
A respiração ofegante, aos poucos vai se abrandando
Um torpor de tudo... A carne sossega e já não busca
Somente o amor paira no ar . Pluma de seda bailando.

Eis a delícia do amor entre corpos e almas cantantes
Dores amortecidas. Tristezas esquecidas. Sublimação
O cosmo inteiro, conivente ao prazer dos amantes...

Em breve tudo será saudade de um enlace num canto
Quando a vida seguir seu curso nos cansaços de então
Um beijo... um olhar e o desejar de um novo encontro.
 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 25/12/2017
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