PRECE ( PROFANA?)
Quando toca-me a pele ardente em brasa
Com tuas mãos de mármore e veludo...
Ainda não me exiges nada_ Dou-te tudo.
Finco-me no corpo teu_ Minh'alma cria asa.
És a personificação das minhas fantasias
Os meus segredos à ti_ Lúcido manifesto!
Não és somente amante_ És prosa e verso
És o senhor que me domina, verga e alicia...
Toma-me a boca com louca sede e gana...
O prazer que desencova, suscita quase dor
Já nem sou. Já nem sei__ Santa ou profana!
Confusa, rogo aos céus que freei os minutos
Que tua carne arda continuamente em mim
O nosso amor é vida_ Que seja, pois absoluto!