LOUCURA?
As saudades que tenho... Sempre tuas...
Quem me dera jamais sentir assim,
quem me dera esquecer mil sóis e luas
da tua ausência vagando dentro em mim.
Te exilei de minh’alma e continuas
em meu leito vestido de cetim,
na esperança de ver-te pelas ruas,
no murmúrio da brisa em meu jardim.
Te alijei, te bani... Eu disse adeus...
Por que ainda és andante em tempos meus?
Um querer, sem querer... Insanidade?
Ou a força incontida de um desejo,
que não sabe viver sem o cortejo
da lascívia da noite em tempestade?
(in SONETOS EM DOR MAIOR)