Soneto pra morte da poesia e do poeta
Morreu a poesia
de sua própria fome!
Com suas alavancas se abre pele,
no semi-eterno dos versos e do meu corpo nu!
Quer a poesia sê-la novamente, mas a arte da vida cantada e crua,
endossando meu peito __ a ordem de pasto __
para a alma e seus corredores,
__ compartimentos do tempo!
Morreu a poesia!
Deuses entram e a permutam
seus versos vis __ da aparente parte só de asa!
Morreu a poesia e o poeta __ de desencanto e preces __ !
Como estrelas pudicas, versos não se deram.
Morreu a poesia e o poeta __ agora tudo é chão!!