A FORÇA DO POEMA

Há dias terríveis em que não há a luz do sol

Calou-se na boca o riso e na alma a alegria

Varre o vento suas folhas no quintal à revelia

E nos dedos escondeu-se, desolada, a poesia.

Dói o corpo pela carência ausente doce do amante

Tornam-se secas as artérias sem sangue ou amor

Do prazeroso passado nada mais é como era antes

Nem mesmo mais a sombra da primavera em flor.

Ei de cantar os versos céticos da paixão fingida?

Ou ensaiar a peça dos tolos que jamais será vista?

Continuo a escrever estes versos mortos em vida?

Pois direi que sim !__ Visto ser o poema mais forte.

Tem asas de cobre e pés reluzentes da fina prata

Dias sem sol, mas de verso pertinaz como a morte!

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 11/11/2017
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