SONETO – POR ESTAR BÊBADO

SONETO – POR ESTAR BÊBADO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Tudo roda, menos minhas mãos um pouco inseguras,

Num astral um tanto aéreo, estranho e zonzo,

Perturbando a tudo por se imaginar nos cumes das alturas,

Porquanto as passadas cambaleiam com sintomas longos.

Em um não tão ruim, a aguentar um tango dançando,

Patinando, ou dedilhando nas garrafas que estão puras,

A ponto grogue de fazer cair, parecendo um orangotango,

A tudo se intrometendo, alterando, como paquiderme a ferradura.

Das medidas das doses exageradas a bebedeira que deixa zureta,

Por ainda ao recenseamento, aparentada a uma estonteante ressaca,

Na cura de um novo porre, até intervir a indesejável enxaqueca.

Que na figuração a some, pelo vício que a tudo maltrata,

Como decadentes ou inalterados, são os bêbados fazendo suas caretas,

A destruição insolente induzido ao gole da dose que a vontade a constata.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 09/11/2017
Reeditado em 17/03/2020
Código do texto: T6166637
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.