RENEGO A MORTE


Hoje, meu peito sangra, a dor encarnada,
Vejo a morte, á espreita, olhando da esquina,
Não sei até quando vou sofrer, nessa jornada,
Pois a morte tem fome, é uma fome canina.


A dor parece rasgar minha carne, apodrecida,
Percebo que minha alma se desgarra, indolente,
Por que, a morte atormenta, essa minha vida,
Fica me rodeando, com a dor que nem sente.


Acho que ela não sabe o que é a vida,
Pois, vaga o mundo descarnando espíritos,
Deixando saudade, nos caminhos, na ida.


Não é o salário do pecado, esse pacto maldito,
A morte não é parte principal da minha vida,
Sei o pesar, mas renego, o que outrora foi escrito.
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 08/11/2017
Código do texto: T6166232
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