Soneto 121
Eu rastejo no chão e morte exalo
meu mundo de ilusão logo concebo
(como todos, em vida, logo cedo)
eu fruo em fantasia e sou raso.
Todavia meu mundo absurdo eu varo
rotina de silêncio e meu medo
afogar-me n'angústias que recebo
destruidor caminho é maduro e claro.
E se o esperançoso é do mundo um porco
serei errante, nele um boêmio torto
crerei em dias doces como o mel...
E me libertar não saberei como
assim felicidade plena eu tomo
e santo um dia eu não serei no céu
04-11-2017