ENVELHESCÊNCIA


Esse meu olhar cansado, só, ultrapassado...
Vasculhando um tempo antigo, na imensidão,
Talvez não tenha percebido, que estou puído,
Que antediluviano, só me resta a solidão.

Quão primitivo é meu pensar, e quão gasto!
Pois surrado, fico querendo, ainda a paixão,
Mas, sinto que não querem meu sonho vetusto,
Convencendo-me, que já sou anacrônico, ancião.

Mas, como um genitor pode ficar, tão desatualizado,
Não poder, ter um amor, quem sabe, um sonho, invenção,
Como, se para quem o ver, acha que tudo está acabado.

O fazendo, um desusado, sem objetivo, sem função…
Será, que realmente, após envelhecido, está superado,
Ou é apenas inveja, da juventude, que desconhece a paixão.

 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 31/10/2017
Reeditado em 31/10/2017
Código do texto: T6158249
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