A Rosa e o Vento
-Com teu carinho vem despetalar-me,
Agora neste tempo primavera,
Não tornes demorada a minha espera,
Não deixes disparar o vil alarme.
- Sei o quanto é dengoso esse teu charme!
Diria eu noutros tempos: Ai quem dera!
Não convém transformar tudo em quimera,
Deixa-me trafegar sem muito alarde.
Sou fraco vento em fim de tarde fria,
De quem já se afastou o ardor que ardia,
Nas cálidas manhãs primaveris.
No entanto, posso dar-te algum frescor
E os beijos que guardei com muito amor,
Trazidos lá das bandas do arco-íris.
Aracaju-Sergipe, 26/ 10/ 2017
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Agradeço a participação delicada da Poetisa SanCardoso
A Rosa e o Vento,
Quiçá a primavera,
Seja sem tormento,
Só doces quimeras.