SENHOR DO MUNDO
 
Esses dias contínuos, quentes, perduram.
Essa chuva que, cheira, avisa e não vem,
Estes olhos d’água, inertes, que figuram,
Não estão resistindo à luz, que se mantém,
 
O rei sol predomina no céu, brilhante,
Como se já não houvesse outra estação,
E como rei determina, ora constante,
O calor que nos sufocam, sem previsão.
 
Será que a chuva que tanto demora,
Esconde-se em alguma esquina do mundo,
Será que estes olhos, que tanto chora.
 
Estão propostos a sofrerem essa quimera,
E o senhor Deus dorme o sono profundo,
Ou é a natureza, acatando o senhor do mundo.
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 16/10/2017
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