É PRECISO SALVAR O RIO TEJO

Ah, que prazer, ver o rio correr sem pressa,

Sentir do azul do céu a liberdade que espreita,

Em todo o seu esplendor, com que arremessa

O azul cristalino e subtil, que na água se deita.

Oh, meu querido, rio Tejo, quem te esqueceu,

De tempos idos, o teu fulgor e a corriqueira

Vontade? Até dos pescadores se esvaneceu

A história tão tua, a importância domingueira.

Hoje tuas águas estão conspurcadas e nada

Nem ninguém repara mais em ti; desconfio

Que se os políticos fossem de índole refinada,

Tuas águas brilhariam ao sol da madrugada

E não estariam como agora, presas por um fio,

A pontos de se entregarem, de mão folgada.

Jorge Humberto

17/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/08/2007
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