“MEA-CULPA”

Inda me perco, a olhar o infinito,

Lamentando um amor já sepultado,

Mas que vive em meu peito malfadado

E insiste, apesar de tão contrito...

E, então, assim como se fosse alado,

O meu pensamento voa irrestrito

E uns versos suplicantes que recito,

São rebentos do meu coração culpado;

São palavras arrastadas pelos ventos,

Confissão da minha culpa... São lamentos

De quem simplesmente espera o próprio fim...

São uns versos feitos para me punir,

Porque sei que ela já não os pode ouvir

E tampouco há de se lembrar de mim...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 05/10/2017
Reeditado em 24/10/2017
Código do texto: T6134094
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.