Tenda
Meu coração é tenda debruada
De paixões, fincadas entre os cactos
No deserto, ainda assim sofro os impactos
Das lembranças que chegam de enxurrada.
Impossível manter a tenda armada,
Neste redemoinho de coactos
Fantasmas, que refazem atros pactos,
Perturbando minha alma perturbada.
Destino, carma, sina! Quão tormento!
Espectros tangidos pelo vento.
Destruindo-me a paz, o tédio cresce...
Em quantas fortes liças fiquei preso,
“Quanto mais rezei e ainda rezo,
Mais assombração me aparece.”
Aracaju - Sergipe, 03/ 10/ 2017