Canto à nudez
Canto à nudez mais profunda.
Àquela que tuas entranhas
se não fecundam, não ousam sonhar;
Àquela que tua alma vislumbra.
Canto à nudez do teu ser;
À essência incontida a lutar
que conquista às algemas,
que não voa por vontade de ficar.
Se voa é por desejo de buscar,
ainda que se perca nos céus rasteiros
e nas fecundas nuvens de hipocrisia.
O teu desejo impoluto
de ser o que quiseres
e de não ser em algum dia.