Lágrimas
Vêm da razão recôndita da alma,
A despencarem em fios displicentes,
Por labirintos finos comoventes,
Transportando do íntimo algum trauma.
Vertendo-as também o peito acalma,
Liberando energias reticentes,
Choram pais, bebês, parturientes,
Lágrimas que a existência agalma.
Em convulsões rápidas advém,
Quer seja em coração vassalo ou rei,
Fluem lágrimas fortes por alguém...
Lágrimas doces quando de alegrias,
Tantas outras amargas eu chorei
Embalde, por quem não as merecia.
Nossa Senhora do Socorro – Sergipe.
25/ 08/ 2017