ROSAS ASSASSINADAS

Na chuva caída, fica o presságio de nova terra,

Entreve-se por entre as gotículas as sementes,

Germinando com um fervor, de quem não erra,

Deixando antever, na manhã caudalosa, entes

Nascidos com o propósito de procriar. E a serra

É o seu habitat, desflorando árvores aparentes,

Afastando o âmago da carnavalesca, vil guerra,

Das flores que morreram por serem dissidentes.

Às mãos causticas vergaram, no chão tão delas,

Tornando-se em pueril revestimento para o solo,

Mostrando da raiz mais profunda, as sequelas...

… De anos e anos de luta, com que se revestem

Sem ter jamais figura materna e da pátria o colo,

Do negrume luto a mortalha com que se vestem.

Jorge Humberto

15/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/08/2007
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